sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Agricultura Orgânica

A opção por uma produção agroecológica extrapola o foco de apenas não usar agrotóxicos, mas sim de ser um modo de vida integrado com a natureza, reaproveitando os recursos naturais de forma a preservá-los, procurando alternativas que tornem a propriedade sustentável, não apenas em um primeiro momento, mas também para as futuras gerações que a utilizarão.
Realizando um comparativo entre um produtor convencional e um produtor agroecológico, pode-se perceber não só um incremento significativo na renda por hectare de plantação, como também aspectos agregados não quantificados, principalmente no que diz respeito à saúde dos agricultores e produtos obtidos a partir do aproveitamento de hortaliças que aparentemente não estão em condições de venda, mas que podem ser beneficiadas e transformadas em produtos como geléias, extrato de tomate etc.
Além disso, hoje uma propriedade agroecológica organizada e produtiva serve como atrativo para visitas e saídas a campo de cursos de graduação que, de forma direta ou indireta, também geram renda para os proprietários. De forma direta, quando o agricultor cobra uma taxa de visita (ingresso) por pessoa para a visitação, e indireta, com a venda de seus produtos após a visita que tem se mostrado como fator bastante interessante.
A base para o sucesso do sistema orgânico é um solo sadio, bem estruturado, fértil, com bom teor de húmus, água e ar, boa atividade biológica e cobertura permanente do solo, pois é o solo e não o adubo que deve nutrir as plantas.
Utiliza-se também a reciclagem de resíduos sólidos, adubos verdes e restos de culturas, rochas minerais, manejo e controle biológico de insetos, mantendo-se assim a sanidade e fertilidade do solo, para suprir as plantas de nutrientes e controlar os insetos-praga, moléstias e ervas invasoras.
Na agricultura orgânica o uso de compostos e adubos naturais é fundamental.
É uma tecnologia de processo, em contraposição à tecnologia de produtos (agricultura convencional), gerando independência, poder de decisão, conhecimento e controle dos meios de produção, produzindo e reciclando seus insumos.
Na agricultura orgânica não são usados compostos sintéticos como fertilizantes, pesticidas, reguladores de crescimento e aditivos alimentares para os animais.
Como princípios fundamentais da agricultura orgânica, destacam-se: harmonia ecológica, diversificação, reciclagem da matéria orgânica, certificação da produção e formas alternativas de comércio.
Algumas vantagens destacam-se na agricultura orgânica: a diversificação implica em menores riscos de produção e mercado; produto final diferenciado, maior qualidade, melhor conservação, mais nutritivos, livres de contaminação, permitindo uma melhor comercialização; sustentabilidade agroeconômica: preços mais estáveis e mais elevados devido ao baixo custo, redução da intermediação e melhor cotação; vantagens ambientais: redução e eliminação de poluentes, aumento da fertilidade, conservação do solo, fauna e flora; melhor saúde: eliminação dos produtos agrotóxicos para os agricultores e consumidores.
Fonte: www.apremavi.org.br

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