20/07/2012
O mercado de compensação de carbono tem um longo futuro para ajudar o
mundo a reduzir as emissões de gás do efeito-estufa, mesmo com os preços do
carbono atingindo recordes de baixa, disse o presidente-executivo do Mecanismo
de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O valor dos créditos de carbono apoiados pela ONU, chamados de reduções
certificadas de emissões (CERs), caiu cerca de 70% ao longo dos últimos 12
meses devido à grande oferta de créditos e à queda na demanda — decorrente à
desaceleração da economia.
De acordo com o escritório Pinheiro Pedro Advogados, a cotação atual da
tonelada de carbono está entre US$ 5 e US$ 16. Durante a realização da
conferência da UNFCCC em Durban, em dezembro na África do Sul, o preço alcançou
o menor patamar: US$ 3 – custo dez vezes menor aos US$ 30 alcançados em março
de 2006, considerado seu ápice.
Os preços reduzidos do carbono paralisaram os investimentos na tecnologia de
baixo carbono, suscitando dúvidas sobre se há algum ponto no Protocolo de Kyoto
de 1997 e seus mecanismos com base no mercado, especialmente o CDM. “Não vejo
os preços baixos atuais afetando a longevidade do MDL”, disse Maosheng Duan,
presidente do conselho executivo do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
“O MDL é um mecanismo maduro que já provou sua validade”, disse ele. “Pode-se
facilmente prever um papel maior para ele omo fornecedor de compensações de
qualidade para os diversos sistemas emergentes de comércio de emissões em
diversas partes do mundo.”
Fonte: Globo Natureza
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