O engenheiro agrônomo da Unisafe,
Henrique Lopes Moino, analisou o mercado de madeira brasileiro e trouxe dados
que demonstram o potencial da atividade, que hoje utiliza apenas 1,6% da área
destinada à produção agropecuária no País.
Segundo ele, o Brasil tem 400 milhões
de hectares de pastagens degradadas aptas a receberem cultivos florestais e o
Governo oferece incentivos para isso – por meio de linhas de crédito do
Programa ABC para projetos de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) –,
mas poucos produtores apostam na silvicultura. “A facilidade de crédito, com
juros baixos e prazo de carência longo, não está sendo aproveitada plenamente.
Em 2010, foram disponibilizados R$ 455 milhões só no ABC florestal, mas apenas
a metade disso foi utilizada”, revela.
Conforme Moino, o Brasil tem a maior
produtividade de eucalipto do mundo – 40,1 m³/ha/ano – mas já chegou a atingir
médias de 89 m³/ha/ano em alguns estados, o que comprova que existe potencial
para muito mais. O caminho, indica ele, é investir em cuidados biológicos,
principalmente fertilidade e preparo dos solos, e aprender a utilizar a madeira
em outros produtos madeireiros além da geração de energia e celulose.
Os números foram apresentados hoje, na
Sede da CNA, em Brasília, no 8º Seminário de Atualização em Eucalipto. O evento
serviu para disseminar técnicas de plantio e manejo que propiciem alta
produtividade de eucalipto na região do Distrito Federal e entorno.
Realizado pela R&S Florestal e pela
Unisafe Consultoria, o encontro promoveu palestras sobre temas como manejo e
gerenciamento de florestas comerciais com foco no mercado, manejo do solo e da
água para obter altas produtividades, silvicultura aplicada com alta tecnologia
e benefícios da adequação ambiental para profissionais, pesquisadores e
produtores.
Fonte: Remade/SNA
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