quinta-feira, 3 de maio de 2012

Mercado da Madeira de Reflorestamento no Brasil é tema de palestra especial


Três Lagoas daqui para frente vai ser muito diferente, afirmou Sebastião Valverde



                                Sebastião Valverde
O mercado da madeira de reflorestamento no Brasil foi tema da palestra especial da noite desta quarta-feira (11). Diante de uma grande platéia, o engenheiro florestal, mestre e doutor em Economia Florestal, Sebastião Renato Valverde, discorreu sobre o tema, dando destaque para os seguintes tópicos: as características dos projetos da própria atividade florestal com relação a organização do mercado; a organização do mercado, que sempre ocorre de maneira concentrada; e ainda as oportunidades, ameaças e desafios que permeiam o setor de madeiras e reflorestamento.

Traçando um paralelo entre as plantações florestais no Brasil e a realidade do país hoje, o palestrante enfatizou que “cada mercado é uma realidade”, ponderando, no entanto, que a indústria modifica totalmente a realidade de uma região, tanto no setor econômico quanto social, como vem acontecendo com Três Lagoas. “Três Lagoas daqui para frente vai ser muito diferente”, frisou. Definindo as indústrias florestais como as mais competitivas, mais sustentáveis e competitivas do mundo, Valverde ainda fez questão de pontuar que investimentos no setor são sempre muito caros e a longo prazo. São necessários 6 anos para ter o primeiro retorno. Além disso, os riscos são muito grandes: incêndio, muita chuva, pouca chuva, ainda que haja tecnologia e profissionais disponíveis para combater cada risco previsto.

 “O país tende a ser o maior exportador de celulose do mundo, mais tem ainda muitos desafios e dificuldades”, este também foi o destaque dado engenheiro florestal, durante a palestra. Neste sentido, ele fez várias críticas às políticas tributárias, fiscal e cambial, implantadas pelo governo. Elas dificultam bastante a atividade, principalmente para quem está pensando em iniciar na atividade. “O governo hoje é muito mais favorável aos países concorrentes do que aliado das empresas nacionais”, enfatizou.

 Ainda no que se refere, a Três Lagoas, Valverde disse que vem acompanhando o movimento por aqui, desde a época da Chamflora, mas que se surpreendeu com o movimento da cidade. “Não sabia das potencialidades da região, apesar da distância, o Município oferece toda logística necessária e ainda conta com uma topografia plana”, ressaltou o engenheiro.
Fonte: www. hojems.com.br / Painel Florestal (12/04/2012)

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