Três
Lagoas daqui para frente vai ser muito diferente, afirmou Sebastião Valverde
Sebastião
Valverde
O mercado da madeira de reflorestamento no Brasil
foi tema da palestra especial da noite desta quarta-feira (11). Diante de uma grande
platéia, o engenheiro florestal, mestre e doutor em Economia Florestal,
Sebastião Renato Valverde, discorreu sobre o tema, dando destaque para os
seguintes tópicos: as características dos projetos da própria atividade
florestal com relação a organização do mercado; a organização do mercado, que
sempre ocorre de maneira concentrada; e ainda as oportunidades, ameaças e
desafios que permeiam o setor de madeiras e reflorestamento.
Traçando um paralelo entre as plantações florestais
no Brasil e a realidade do país hoje, o palestrante enfatizou que “cada mercado
é uma realidade”, ponderando, no entanto, que a indústria modifica totalmente a
realidade de uma região, tanto no setor econômico quanto social, como vem
acontecendo com Três Lagoas. “Três Lagoas daqui para frente vai ser muito
diferente”, frisou. Definindo as indústrias florestais como as mais
competitivas, mais sustentáveis e competitivas do mundo, Valverde ainda fez
questão de pontuar que investimentos no setor são sempre muito caros e a longo
prazo. São necessários 6 anos para ter o primeiro retorno. Além disso, os
riscos são muito grandes: incêndio, muita chuva, pouca chuva, ainda que haja
tecnologia e profissionais disponíveis para combater cada risco previsto.
“O país tende a ser o maior exportador de
celulose do mundo, mais tem ainda muitos desafios e dificuldades”, este também
foi o destaque dado engenheiro florestal, durante a palestra. Neste sentido,
ele fez várias críticas às políticas tributárias, fiscal e cambial, implantadas
pelo governo. Elas dificultam bastante a atividade, principalmente para quem
está pensando em iniciar na atividade. “O governo hoje é muito mais favorável
aos países concorrentes do que aliado das empresas nacionais”, enfatizou.
Ainda no que se refere, a Três Lagoas,
Valverde disse que vem acompanhando o movimento por aqui, desde a época da
Chamflora, mas que se surpreendeu com o movimento da cidade. “Não sabia das
potencialidades da região, apesar da distância, o Município oferece toda
logística necessária e ainda conta com uma topografia plana”, ressaltou o
engenheiro.
Fonte: www. hojems.com.br / Painel Florestal (12/04/2012)
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