Objetivo do evento é
preparar os profissionais do setor florestal para os novos desafios
Extração de madeira de teca em Rondônia(F.Real) |
Começa na próxima
segunda-feira (19/05), em Campinas/SP, o 3º Encontro Brasileiro de
Silvicultura, um dos mais importantes eventos técnicos do setor de florestas
plantadas no Brasil. O evento, que conta com coordenação técnica da Embrapa
Florestas e organização da Malinovski Florestal, tem como objetivo preparar os
profissionais do setor florestal, com base científica e tecnológica, para novos
desafios, em especial o de manter o país em elevados patamares no mercado
florestal mundial. O setor representa hoje 4,5% do PIB nacional.
Para isso, a
programação conta com muitos “cases” do setor florestal, aliados a resultados
de pesquisa. Estão previstos quatro blocos de assuntos. O primeiro vai tratar
das atualidades e perspectivas da mecanização e automação na silvicultura, com
palestras que vão abordar riscos e benefícios, impactos da colheita no solo,
silvicultura de precisão entre outros. O segundo bloco vai trazer questões
pertinentes à tomada de decisão na silvicultura, com palestras sobre
melhoramento genético, nutrição, fatores hídricos e indicadores. A manutenção
de florestas e o manejo integrado de pragas serão temas do terceiro bloco, que
vai tratar de pragas de eucalipto e pínus, formigas (uma das pragas de maior
interesse atualmente) e controle de plantas invasoras. No quarto bloco, os
participantes do Encontro Brasileiro de Silvicultura se unem aos participantes
do Seminário de Atualização sobre Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte
Florestal para discutir a Cadeia Produtiva da Madeira. Mercado, fomento,
integração Lavoura-Pecuária-Floresta, formação de “clusters”, legislação e
estímulos governamentais e perspectivas para o setor estarão em debate,
levantando questões relevantes sobre o mercado atual e futuro.
Além dos dois dias de
palestras, 125 trabalhos científicos foram aprovados e serão apresentados em
formato de pôster digital, trazendo à discussão o que há de mais atual em
silvicultura de plantios florestais no Brasil. Segundo o coordenado técnico do
Encontro, Edilson Batista de Oliveira, pesquisador da Embrapa Florestas,
“esperamos com este evento possibilitar não só o aumento do conhecimento, mas
também a troca de experiências, aliando teoria e prática. Está aí uma
oportunidade ímpar para conhecer o que há de ponta no setor florestal brasileiro”.
O Encontro faz parte
da III Semana Florestal Brasileira, que conta também com XVII Seminário de
Atualização em Sistemas de Colheita de Madeira e Transporte Florestal e a 3ª
Expoforest – Feira Florestal Brasileira, a maior feira florestal dinâmica da
América Latina.
O setor de florestas
plantadas no Brasil
O setor de florestas
plantadas tem forte participação na economia nacional. Dados da Associação
Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (ABRAF) indicam que, em 2012, o
valor bruto da produção (VBP) obtido pelo setor totalizou R$ 56,3 bilhões. Já
os tributos arrecadados corresponderam a R$ 7,6 bilhões (0,5% da arrecadação
nacional). O saldo da balança comercial da indústria nacional de base florestal
foi na ordem de US$ 5,5 bilhões. O setor manteve 4,36 milhões de postos de
trabalho, 621 mil diretos, 1,31 milhão indiretos e 2,42 milhões resultantes do
efeito renda. A expansão da base florestal brasileira é estimada em 10 milhões
de hectares até 2025, com grande utilização de áreas já desmatadas e de baixa
produtividade agropecuária. Pequenas e médias propriedades manterão papel
crescente na cadeia da madeira, em zonas novas ou tradicionais, atuando em
grande parte para o mercado local. Segundo Oliveira, “ainda há espaço para
grandes projetos de plantação florestal, diferentemente do que ocorre em outros
países grandes produtores. Podemos também destacar o forte espaço e demanda
para a expansão de sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)”.
A silvicultura
brasileira possui uma série de vantagens em relação à de outros países. “Nossas
condições edafo-climáticas são muito favoráveis à produtividade florestal e
possibilitam ciclos de rotação mais curtos”, explica Oliveira. O Brasil possui
plantações de espécies variadas, com diferentes idades e localizações, além de
diversos polos florestais com plantações, indústrias verticalizadas e mercados
organizados. É uma cadeia bastante complexa, que envolve desde coleta de
sementes, plantio e planejamento, mas o avanço tecnológico da silvicultura
nacional é equiparável aos dos maiores países produtores. “Dispomos de ótimo
material genético, ferramentas computacionais para o planejamento e manejo
adequado e técnicas de manutenção florestal, como controle integrado de
pragas”, avalia o pesquisador.
Mais informações sobre os eventos:
Mais informações sobre os eventos:
www.expoforest.com.br
Fonte: Embrapa Florestas
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