Embora
não haja políticas claras voltadas ao incentivo do setor agroflorestal no
estado ainda assim o cultivo da teca ainda um excelente negócio.
Carregamento de teca em Cacoal - Rondônia |
Cacoal,
Rondônia – 11 de fevereiro de 2017 – No Brasil, os plantios de florestas
começaram há mais de um século. “Em 1903, o pioneiro Navarro de Andrade trouxe
mudas de Eucalipto (Eucalyptus spp)
para plantios que produziriam madeiras para dormentes das estradas de ferro. Em
1947 foi a vez do Pinus (pinus ssp.).
Essas espécies se desenvolveram bem nas regiões onde foram introduzidas, o
Eucalipto nos serrados paulistas e o Pinus no sul do Brasil. Como os recursos
naturais da Mata Atlântica há muito vinham sendo delapidados, o plantio dessas
espécies tornou-se uma alt6ernativa viável para suprir a demanda de madeira.
A década de 70 foi
marcada pela política de incentivos fiscais para o reflorestamento, que
começaram ainda na década de 60. Com esses incentivos foi possível ampliar
consideravelmente o estoque de madeira nesses plantios (Braselpa, 2009).
Desde então se investiu
em pesquisa sobre a silvicultura dessas espécies, consolidando seu uso em
plantios comerciais. O brasil detém hoje as melhores tecnologias na
silvicultura de eucalipto, atingindo cerca de 60 m3/há de produtividade, em
rotações de sete anos. Existem plantios comerciais de outras espécies, como
Acácia (Acácia mearnsii), Seringueira
(Hevea spp), Teca (Tectona grandis), Paricá (Schizolobium parahyba), Araucária (Araucaria angustifólia) e Álamo (Populus sp)”.
Os plantios florestais
apresentam-se em sua maior parte em sistema de monocultura. As pesquisas têm
avançado na área de sistemas agroflorestais e silvipastoris que têm demonstrado
resultados positivos nos aspectos econômicos, ambientais e sociais.
Algumas importantes
funções das florestas plantadas são:
·
Diminuição
da pressão sobre as florestas nativas;
·
Reaproveitamento
de terras degradadas pela agricultura;
·
Sequestro
de Carbono;
·
Proteção
do solo e da água;
·
Ciclos
de rotação mais curtos em relação aos países de clima temperado;
·
Maior
homogeneidade dos produtos, facilitando a adequação de máquinas na indústria.
Deck de teca |
Apesar de todas essas
vantagens, as políticas públicas de incentivo aos sistemas agroflorestais ainda
não estão bem claras e não chegam aos que mais interessam aos pequenos e médios
produtores rurais. Existem enormes potencialidades para desenvolvimento da
silvicultura em todo estado de Rondônia, o estado dispõe de milhares de
quilômetros quadrados potenciais para implantação de povoamentos florestais,
inclusive com centenas de milhares de hectares de terras degradadas.
O estado também tem vocação
madeireira, em tempos áureos as primeiras indústrias que predominavam no estado
eram exatamente as empresas do segmento madeira, poderia se aproveitar parte da
infraestrutura que ainda existe e a mão-de-obra já treinada em um setor que
encontra situação marginal na região.
Com a forte demanda por
madeira de teca no mercado mundial que já supera em muito a 3,5 milhões de
metros cúbicos anuais, se faz necessário repensarmos as nossas vocações
agrícolas para novos horizontes, para além da pecuária, piscicultura, café e soja.
A teca (Tectona grandis) em Rondônia chega a fantásticos rendimentos de 20 m3
por há/ano. Rendimentos impensáveis nas regiões mais propícias para cultivo de
florestas.
Ripas náuticas produzidas em Rondônia |
A teca bruta ou em toras
já está sendo comercializada em Porto Velho a R$ 1.400,00 por m3 ou
aproximadamente U$ 450,00/m3. A madeira de teca serrada e beneficiada já está
saindo do estado a mais de U$ 5.000,00 /m3, só para se ter uma ideia do
potencial dessa cultura que nos oferece pelo menos cinco cortes durante o seu
ciclo de 25 anos. Se imaginarmos que teca rende no mínimo 400 m3 por hectare
durante todo ciclo, podemos ter uma ideia da rentabilidade de um hectare de
teca, aproximadamente U$ 180.000,00.
Não acredita, pois faça
as contas e procure imediatamente um técnico ou instituição governamental que
lhe possa fornecer maiores informações sobre projetos, financiamentos, mudas,
sementes, etc. Por falar em financiamentos existem várias linhas de créditos
para projetos agroflorestais ou florestais, através do Banco da Amazônia, Banco
do Brasil ou o próprio BNDES.
Fonte: Sistema Florestal
Brasileiro / Depto. de Marketing Amazonteca (69) 98413-5151
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